26/10/2015 - Terra

RJ: protesto contra aumento de impostos tem pato gigante

O pato inflável, que tem 12 metros de altura, simboliza a campanha "Não vou pagar o pato"

As federações das indústrias dos estados de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan) protestaram neste domingo (25) na praia de Copacabana, com um gigantesco pato inflável, contra o aumento de impostos proposto pelo governo.

 

Com 12 metros de altura, o pato que simboliza a campanha “Não vou pagar o pato” foi erguido na famosa praia e, apesar da manhã nublada, dezenas de pessoas se reuniram para se manifestar contra o aumento da carga tributária.

RJ-protesto-contra-aumento-de-impostos-tem-pato-gigante-2

Foto: EFE

Para endireitar as contas públicas, o governo propôs um ajuste fiscal e elevar certos impostos, que permitam retomar o rumo econômico em 2016, após terminar este ano com previsões de recessão técnica, contração de 3% e uma inflação maior do que 9% – o dobro da meta oficial.

 

O déficit fiscal das contas públicas no final de 2015 será de 9% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo a qualificadora de risco Fitch, que rebaixou a nota soberana do Brasil e o deixou à beira de perder o chamado “grau de investimento”, um status que já foi retirado do País por parte da Standard & Poors.

RJ-protesto-contra-aumento-de-impostos-tem-pato-gigante-1

Foto: EFE

Neste domingo (25), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, titular da Firjan, e Paulo Skaf, presidente da Fiesp, lançaram no Rio de Janeiro a campanha que foi apresentada há um mês em várias cidades do estado de São Paulo e esteve também na capital Brasília.

 

No ato, foram entregues 12 mil patos infláveis pequenos que têm como objetivo “despertar a consciência sobre os altos impostos que já são pagos em produtos e serviços e evitar, além de um novo aumento da carga tributária, o retorno de mais impostos propostos pelo governo federal”, citou um comunicado.

A campanha, que criou também a Frente Nacional contra o Aumento de Impostos, já colheu mais de 800 mil assinaturas. Quando completar um milhão, o manifesto contra as medidas será encaminhado ao Congresso.